quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

S E C O S E M O L H A D O S

Frouxo


Cuidado! Esta expressão já rendeu processo judicial. Embora o incentivo à algazarra e à revolta popular não coaduna com o nosso modo de vida, no entanto e infelizmente, o nosso ordeiro povo aceita passivamente certas lamentáveis e infantis “atitudes” de uso, no mínimo, questionável de aplicação do dinheiro público e de desrespeito com o meio ambiente promovidas pelo governo de plantão. Pela nossa manifesta passividade, o termo “frouxo” se encaixa como uma luva em nós, moradores da Rua Pedro Bicalho. Diferentemente dos moradores da Rua Joana D’ Arc que se revoltaram contra o asfaltamento, aceitamos, sem alarde, a aplicação de asfalto sobre os paralelepípedos de nossa rua. Consequências: Já é sentido à olho nu o aquecimento térmico advindo do calor asfáltico e aguardem a possibilidade de inundações de residências na época das chuvas.

                                        Batendo na mesma tecla

Ecologicamente falando, o asfalto torna-se um problema e não uma solução. De acordo com a visão de um especialista, o calçamento via paralelepípedo consegue reter de 20% a 30% da água de chuva enquanto que a retenção da água da via esfaltada é próxima de zero. A elevação da temperatura da terra é outro dado negativo, talvez o mais grave. E o asfalto surge com um dos vilões. Por ironia do destino, o nosso governo é PV, porém, historicamente, que gosta de asfalto é o PT. Quem está dando as cartas neste governo ? – Cada um tire as suas conclusões...

Paralelepípedo


O calçamento via paralelepípedo das ruas Pedro Bicalho, Joana d´Arc, das ruas do bairro Aclimação, dentre outras, com mais de 30 anos de utilização, reclamava por reparos e nunca por colocação de massas asafáltícas. Além de ecologicamente correto, o paralelepípedo possibilita a geração de emprego, pois é fabricado na própria cidade e a durabilidade do calçamento ultrapassa de 30, 40, 50 anos, ao passo que a do asfalto, além de ser adquirido fora desta cidade, não chega a cinco anos. Passou da hora de dar “um basta” nestas obras eleitoreiras! É preciso pensar grande, no coletivo, visando a próxima geração!

Qualidade do asfalto


È facilmente percebido que a qualidade do asfalto é questionável. Em certo trecho da Rua Pedro Bicalho, a espessura asfáltica é tão fina que nota-se, com certa nitidez a divisão, as linhas dos paralelepípedos encobertos pela fina camada de asfalto. Por que a opção pelo asfalto e não pela  manutenção de seu calçamento ?


Câmara Municipal

O governo, que se diz popular, em momento algum, ouviu os moradores desta rua a respeito desta obra “tão sonhada e prioritária”. Muitas ruas recentemente asfaltadas já apresentam problemas de manutenção. O “Suado” salário de nossos nobres edis, atualmente, girando em torno de 5.800,00 por mês, é pago com o meu, o seu, o nosso dinheiro, por intermédio dos impostos que, como contribuintes, pagamos para nascer, para trabalhar, para viver e até para morrer. Para prestar um bom trabalho à população, os nobres edis necessitam de assessores qualificados e o orçamento da Câmara, em termos quantitativos,  é compatível para a cobertura desta despesa adicional. Sr. Presidente, diante de tantos problemas surgidos, torna-se mister e urgente a contratação de um especialista para averiguar a qualidade do material asfáltico e se a espessura da massa asfáltica colocada nas nossas ruas está condizente com o previsto no contrato. A independência dos poderes é um dos postulados da democracia e o Legislativo não pode e não deve  se abster de sua função de vigilante fiscal da correta aplicação do dinheiro público.  A população, que paga em dia os seus salários, está ansiosa, aguardando uma urgente resposta a esta indagação. Com a palavra, senhores vereadores!

Desperdício do dinheiro público


À exemplo da vizinha São Gonçalo, a julgar pelas atitudes de nosso “desgoverno”, o dinheiro deve estar farto e jorrando com muita facilidade em João Monlevade. A infeliz decisão de asfaltar ruas já devidamente calçadas com paralelepípedos, que  necessitavam apenas de reparos nos leva à seguinte conclusão: Chegamos à exaustão, tudo caminha maravilhosamente bem, as demandas, as prioridades acabaram, não há mais nada a fazer  e o dinheiro continua jorrando farto.

Pega na mentira


O relatório de gestão fiscal relativo ao 3º quadrimestre de 2.011, obrigatoriamente, deverá ser publicado até o dia 31 de janeiro de 2.012. Neste dia, 31,.01.2012, saiu um aviso na imprensa local que o tal relatório de gestão fiscal encontrava-se publicado no hall da Prefeitura Municipal. Estivemos na Prefeitura nos dias seis e dez de fevereiro e o tal relatório ainda não se encontrava publicado. Por que ? – Falta de transparência ou de exatidão dos dados ? – É através deste relatório que analisamos a situação financeira do Município. Com a palavra senhor Prefeito!

Dívida do Município


No inicio de outubro de 2011, após detalhada análise técnica, concluímos que  a divida total do município em 31.12.2011- consolidada e de restos a pagar, seria de vinte milhões de reais. Esta análise está alicerçada no princípio do “conservadorismo”. Na época, pelos dados estimados, João Monlevade fecharia ao ano com uma dívida estimada em torno de vinte e um a vinte e dois milhões de reais. Pasmem, senhores! Um passarinho contou-me que o município fechou o ano de 2011 com a milionária dívida superior a vinte e cinco milhões de reais. Maiores detalhes serão informados após a Prefeitura, inadimplente com a transparência    e a informação, publicar o relatório de gestão fiscal.  

                                                           Delci Couto

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