terça-feira, 3 de setembro de 2013

SALADA MISTA: SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA

APRENDENDO COM OS VEREADORES
Noticiada a permuta de imóveis pelo poder publico na imprensa local, na qualidade, também,  de profissional do ramo imobiliário, resolvi, como “palpiteiro técnico”, entrar neste perigoso circuito, com o objetivo  maior  de prestar mais um serviço à coletividade e evitar o indescritível massacre psicológico ao cometer o imperdoável crime da omissão. Na abro mão de minha convicção, embora seja uma  tarefa penosa e danosa, combater o “erro” representa uma contribuição de valor inestimável que o cidadão poderá dar a sua coletividade.
Neste diapasão, na ensolarada e gratificante manhã deste sábado, último dia do  apocalíptico mês de agosto e imitando o vereador licenciado e  Secretário Municipal de Serviços Urbanos, meu particular amigo Sinval, peguei a minha câmara digital e fui conhecer e documentar as áreas que estão sendo permutadas. Pasmem senhores! Constrangimento geral! Inacreditável o que está acontecendo em nosso reino...
Sorumbático, comecei a refleti e a conclusão veio num passo de mágica: preciso, devo e tenho muito a aprender com os nossos vereadores! Sou mesmo um “burro”, um ser  desprovido de um mínimo de inteligência... O que adiantou fazer dois cursos de graduação, uma especialização – MBA- em Contabilidade, Finanças e Gestão e, posteriormente, outro curso de Auditoria e Consultoria, todos na badalada instituição de ensino da área econômica , a F.G.V. Simplesmente, não serviu para nada....
Posteriormente, em 2010/2011, retornei aos bancos escolares para concluir o curso Técnico em Transações Imobiliárias e apesar da minha reconhecida “burrice”, aprendi muita coisa nesta nova área do conhecimento. Mas, infelizmente, todas as teses e teorias aprendidas foram sumariamente lançadas por terra nesta “brilhante” decisão da Câmara Municipal no processo de permuta de imóveis. Um conselho aos nobres parlamentares: abram um curso de avaliação imobiliária e nos ensinem as novas técnicas de avaliação, o retorno financeiro será gratificante e imediato! Prometo ainda ser o “garoto propaganda” neste curso de interesse da coletividade...

TÉCNICA DE AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA
Apesar das minhas deficiências e dificuldades naturais e intelectuais de aprendizagem, consegui assimilar neste curso as diferentes fórmulas e técnicas a serem seguidas na avaliação de imóveis, bem como os fatores preponderantes nesta avaliação que, dentre eles, destacamos: serviços públicos existentes, ou seja, água, energia, telefonia, rede de esgoto, calçamento etc; qualidade topográfica do imóvel, localização, tipo de construção existente, dentre outras, alem da existência ou não de possíveis clientes alvos, interessados na posse do imóvel avaliado.

TERRENO NA RUA ESPARTA, NOVO ACLIMAÇÃO
Lote de 480 m2, situado no valorizado bairro residencial de classe média alta, preponderantemente ocupado por lindas e espaçosas casas que, dentro de nosso padrão, podem ser caracterizadas como mansões. Existência de serviço público de qualidade, com energia elétrica, telefonia, calçamentos modernos de paralelepípedos, topografia valorizada pelo seu reduzido declive, semi-plano. É um lote de esquina, com frente para duas ruas, com seus prós e contras, porém, com vantajoso custo-benefício, ou seja,  o ganho de possuir frente para duas ruas supera em muito a perda de redução de espaço para a edificação e de sua formação caracterizada como irregular.
A cada dia que passa surgem novos projetos de construções de enormes casas residências neste valorizado bairro e, consequentemente, o público/cliente alvo na aquisição deste imóvel é a classe média alta, em tese endinheirada e ou de fácil acesso á créditos imobiliários, que busca realizar o sonho numa espaçosa e confortada mansão residencial. O preço médio de um lote de 360 m2 neste bairro oscila em torno de 150.000,00, ou seja,  416,67 por m2. O preço médio estimado de mercado para este imóvel de 480 m2 é 200.000,00 (duzentos mil reais) com as seguintes variações:
Limite inferior de:            180.000,00 (cento e oitenta mil reais)
Limite superior de:           220.000,00 (duzentos e vinte mil reais).

DOIS LOTES NO BAIRRO IPIRANGA
Terreno de 720 m2, dois lotes de terras,  situado no bairro Ipiranga, preponderantemente de classe média baixa, constituído de uma  topografia bastante acidentada, com exceção de uma pequena área plana, na expressão popular é conhecido como “ribanceira” que dificulta  e encarece qualquer projeto de edificação.  Serviço publico praticamente inexistente, apenas rua de terra, sem calçamento, energia elétrica apenas até à ultima casa edificada (estes lotes estão posterior à ultima casa edificada).
O publico/cliente alvo de possíveis pretendentes na aquisição desta área é pequeno, consequentemente, reduzido o seu valor de mercado em função da lei da oferta e da procura, diante de dois fatos determinantes: o bairro caracterizado como de classe media baixa atrai, naturalmente, cidadão desta mesma classe, com pouco recurso financeiro, além de outro dificultador que é o elevado custo da construção por se tratar de imóvel topograficamente acidentado. O cidadão poderá até ter o dinheiro para a aquisição mas, dificilmente o terá para o elevado custo desta edificação. O preço médio estimado de mercado de um lote de 360 m2 com estas características descritas oscila em torno de 45.000,00, ou seja, 125,00 por m2. O preço médio de mercado deste imóvel de 720 m2 é de 90.000,00 (noventa mil reais) com as seguintes variações:
Limite inferior de          83.000,00 (oitenta e três mil reais)
Limite superior de         98.000,00 (noventa e oito mil reais).

                CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DOS VEREADORES
Qual o critério de avaliação adotada pelos vereadores ? Quem o orientou? Existe no processo um laudo técnico de avaliação ? Quem foi o avaliador e qual o nº de seu CRECI/MG ? A Câmara Municipal contratou outro técnico para avaliar os imóveis permutados e confrontar  os valores com os do projeto do executivo ?
Meus filhos têm  razão  quando dizem que estou ficando “veio” e fora de moda. Para desempenhar o meu papel como profissional, o bom senso me orienta  a seguir a boa  técnica aprendida nos bancos escolares. Os nossos edis seguem a velha e rentável técnica do compromisso político atrelado ao poder executivo. E que se “danem” os oitenta mil cidadãos desta terra, pagadores de impostos e de seus próprios contracheques mensais. Estes oitenta mil cidadãos são os reais proprietários do patrimônio publico, inclusive desta área, objeto deste processo “fajuto” de permuta de bens públicos, com real desvantagem para a coletividade.

FALANDO A MESMA LÍNGUA
Tecnicamente, concordo plenamente com a posição dos Vereadores Belmar Diniz e meu particular amigo Thiago Titó que, além de votarem contra a aprovação do projeto, sugeriram o instrumento de “desapropriação” como melhor alternativa. E qual a problema da desapropriação? – Nenhum. Neste projeto de duplicação da BR 381 muitas área próximas à Br estão sendo desapropriadas aqui  mesmo em João Monlevade. Dizer que não tem dinheiro para pagar a desapropriação é mais uma das séries “acredite se quiser”. Neste mês de setembro, teremos audiência pública de prestação de contas do 2º quadrimestre de 2013 e arrisco um palpite: o saldo financeiro do município em 31 de agosto de 2013 é superior a treze milhões de reais.

ASSESSORAMENTO POR ESPECIALISTA
Defendo sempre a tese da necessidade premente da Câmara contratar especialista para dar suporte aos vereadores quando for necessário.O vereador, não necessariamente, necessita ter aguçado conhecimento em questões técnicas de orçamento, do relatório quadrimestral de gestão fiscal e nem ser expert em  avaliação imobiliária. Mas um assessoramento eficaz torna-se indispensável para o bom exercício parlamentar e   muito mais salutar para a coletividade o custo beneficio desta contratação do que fazer alarde com a devolução pela presidência da câmara ao executivo de um dinheiro que nunca foi seu, pois a Câmara não é geradora de receita pública. Para ficar apenas num exemplo, os vereadores deveriam ir para as audiências públicas de prestação de contas mais bem preparados, assessorados previamente por um especialista para evitar o transtorno ocorrido na última prestação de contas em que os atores principais – vereadores, e secretária de fazenda – por falta de conhecimento e de preparação técnica, cederam  o seu espaço para o líder do grupo transparência que, com o devido planejamento técnico, roubou a cena e encarnou de fato o papel de protagonista. Um aviso aos navegantes: neste mês de setembro, haverá nova audiência pública de prestação de contas, como comportarão os atores ?

                          A SUBSERVIÊNCIA DO LEGISLATIVO
A tal de base de apoio ao governo, a subserviência do legislativo ao executivo é o grande mal que se alastra  país afora, como muito bem retratou o editorial do “A Notícia” desta sexta feira. Esta situação de toma lá dá cá é maléfica para a sociedade e um projeto de reforma administrativa com a redução radical dos cargos comissionados, dos atuais 200 para apenas algo em torno de 50,  teria o poder de anular ou, no mínimo,  reduzir eficazmente este efeito devastador e imoral de subserviência.
 Outro ponto que nos leva a refletir sobre o futuro de nossa cidade é o rico conteúdo do “Emporium” desta mesma semana do brilhante colunista Márcio Passos.
Por outro lado, neste atual modelo, ficando apenas no campo das hipóteses, o que adianta a Câmara contratar especialista da área imobiliária se já existe o fiel comprometimento da base aliada em votar “cegamente” com o governo ? Até quando este filme será reprisado ?
O SONHO NÃO ACABOU
A cada quatro anos, muda-se apenas parte dos atores mas o enredo da história continua o mesmo: situação e oposição. Até quando ? - Não sei...
Como estudioso da simbologia dos números, o número dois não é portador de fluidifica energia e deve ser evitado. A atual composição do Câmara com três grupos seria muito mais benéfica à coletividade: situação com dois vereadores do PSDB, seria natural por ser o mesmo partido do executivo, oposição com um ou dois vereadores, representando a oposição sistemática ao governo do PSDB e a maioria esmagadora com sete a oito vereadores com a posição cidadã de independência e compromisso com a coletividade e não com o executivo. Como Martin Luther King, também sou um sonhador: quem sabe um dia os meus filhos e netos possam desfrutar dessa nova visão cidadã nas ações da  Câmara Municipal... Quem viver, verá!
                                              
TAPA NA CARA
Esta semana que se findou poderá ter um de dois fins antagônicos e distintos: ser apagada definitivamente de nossa memória ou poderá representar um novo “marco histórico”, um motim para novas lutas democráticas. De Brasília vem a vexatória humilhação da cidadania brasileira no lamentável episódio da libertação do “ilustre” Natan Donadon. Um verdadeiro “chute no traseiro” nos  valores éticos da honra, da dignidade e dos bons costumes. Aqui em Monlevade o escripit não é diferente: do executivo vem a estapafúrdia notícia da extinção do projeto educacional do IFMG; e da câmara municipal vem  esta agressão inesperada, este indesejável “tapa na cara” dos cidadãos monlevandenses... E este “tapa na cara” doeu e ainda doe...  Minhas faces rubras reclamam e pedem reação imediata!  Como cidadãos, estamos todos envergonhados por este tremendo e inesperado “tapa na cara”!

VOLTAR PARA A RUA
Não podemos e nem devemos “baixar a guarda”. É hora de ir à luta novamente.  O executivo e o legislativo são apenas funcionários desta grande empresa chamada João Monlevade. Como acionistas desta grande empresa, não vamos deixar eles fazerem o que bem entenderem e muito menos deixarem entregar um bem nosso para terceiros com prejuízo para a coletividade.  Seria de bom alvitre que você também, cidadão, vá conhecer estes imóveis que estão sendo permutados. Ainda há uma luz no meio do caminho. Como acionistas, defendamos a nossa empresa, façamos um grande movimento nas redes sociais e vamos novamente para a rua! Por que não  ocupar a Câmara Municipal nesta quarta feira e  exigir  a retirada definitiva deste processo da pauta de votação em segundo turno ? O protesto nacional está marcado para o dia sete de setembro. Por que não  antecipar o nosso protesto para o dia quatro de setembro na Câmara Municipal ?

                    DELCI COUTO – Corretor/Avaliador Imobiliário CRECI/MGF 20.836

                    Contador, Perito, Auditor e Consultor Empresarial CRC/MG 23.550

terça-feira, 25 de junho de 2013


“PLURALIDADES”: CHOQUE DE IDÉIAS.

 

AUDIÊNCIA PÚBLICA

A audiência pública é um instrumento que visa a afirmação da transparência das ações dos gestores em que o publico, como principal cliente, tem a oportunidade de conhecer os atos presentes e opinar sobre os projetos futuras de nossos governantes. Infelizmente, Secretários Municipais, conforme noticiados, deixaram de confirmar a presença na audiência publica que seria realizada na Câmara Municipal.

 

PREFEITO/SECRETEÁRIOS

O cargo de Prefeito exige de seu ocupante ou pretendente, minimamente, o conhecimento nem que seja  superficial do todo, a macrovisão do geral, ao passo que o cargo de Secretário Municipal exige de seu titular o conhecimento aprofundado do específico, de sua área de atuação. Conforme noticiado, esta não foi a postura demonstrada pela nossa Secretária Municipal de Fazenda ao abandonar a audiência pública de prestação de contas.

 

CONSULTORIAS

É muito perigoso dar consultorias, sobretudo de gestão, para o setor publico. Além da possível ausência de comprometimento, a ingerência do executivo é outro fator complicador que poderá levar o Consultor, por questões “obvias” a optar pela defesa de teses do executivo. Compete ao Consultor, como detentor de elevado conhecimento técnico e de poder de persuasão, exercer o seu poder de convencimento para que o executivo e sua equipe possam aderir ao seguro e correto caminho das boas e salutares práticas de  gestão e não o contrário. Na última audiência pública de prestação de contas, o Consultor Francisco, que não é o Papa, mas é de Assis, defendeu a infeliz e descabida tese  de que o Prefeito Teófilo Torres poderá ser chamado ao Tribunal de Contas para justificar o gasto com pessoal, que está próximo ao limite prudencial, embora registrava apenas 48,6%.

Acampar tese do executivo sem a observância da fundamentação real é sinônimo de prejuízo imensurável de imagem e de credibilidade para quem o pratica, do Consultor a  qualquer outro tipo de líder, afetando, inclusive, o Vereador escolhido ou “apelidado” de “líder” de governo nas Câmaras Municipais.

 

LIVRE PENSADOR

Minha modesta posição sempre foi como “livre pensador”. Nunca tive compromissos com pessoas ou com “lideres” políticos. Comprometo-me apenas com princípios que norteiam a minha conduta, com valores e  com as boas idéias não importando de onde elas tenham vindo. Quando atuei como Secretário de Fazenda, discordei e critiquei dois atos do então prefeito Carlos Moreira e estes posicionamentos encontram-se registrados nas  edições do Jornal “A Notícia” da época: Fui contra o projeto de construção do Hospital Santa Madalena e o alertei sobre inconstitucionalidade de se isentar a Enscon do pagamento do ISSQN. Reconheço que esta minha posição de independência irrita uma minoria e tem deixado políticos e apoiadores em situação de desconforto. Porém, nunca me posicionei contra a pessoa do então prefeito Gustavo Prandini. O meu partido, o PSB, apoiou a eleição do prefeito Teófilo Torres e nada de pessoal tenho contra o atual prefeito e sua equipe de governo. Apenas discordo, como livre pensador e por coerência, critico algumas ações, ou falta de ação, de seu governo.

 

DESAFIOS

Buscar a sabedoria, e não mais o conhecimento, embora tenho consciência e sei que nada sei, representa, atualmente o meu grande desafio e combustível para a minha vida.Venho emitindo sinais, uma espécie de declarada intenção, de reduzir a minha carga de trabalho a partir de meados de 2.014 ou, no mais tardar, no início de 2.015. O grande problema está na premissa de que quanto mais o homem vive mais ele adquire conhecimento e quanto mais adquire  experiência de vida e profissional, mais ele é solicitado para o trabalho... Ufa!

 

 RECUSA DE LUXO E CONSULTORIA GRATUITA

No final de 2012, recusei o convite para ocupar o prestigiado cargo público de Secretário Municipal de Fazenda. Neste momento, acabo de recusar mais dois serviços profissionais: A nomeação pela Justiça como Perito em um processo judicial e o convite para participar de um processo licitatório para auditar as contas municipais do Fundeb promovido pela nossa Câmara Municipal. Embora seja um trabalho de cunho estritamente técnico, porém, optei em não mais trabalhar na área pública para que eu possa me sentir livre e desimpedido para a manifestação de pensamento e também para que eu possa exercer, livremente, o cargo de consultor gratuito da coletividade.

 

CONSULTORIA GRATUITA PARA A COLETIVIDADE:

a)RECEITA CORRENTE LÍQUIDA EM 2.013

Estudo detalhado sobre o comportamento de nossa receita corrente líquida comprova  o seu crescimento de 6,67% no 1º quadrimestre de 2013, comparativamente ao mesmo período de 2012, excluindo, evidentemente, a receita ocasional e extraordinária de quatro milhões de reais, ocorrida em janeiro de 2012, referente à liquidação do processo de diferença de IPTU pela ArcelorMittal.

Num cenário de crescimento anual desta receita de apenas 4% em relação ao ano anterior, que foi de 136.954.988,00, em 2013, na pior das hipóteses, ela chegará a 142.0000.000,00

 

b) GASTOS COM PESSOAL EM 2.013

O gasto total com pessoal no 1º quadrimestre de 2013 foi de apenas 20.644.699,00 e o seu gasto total para o ano de 2.013, com o reajuste do servidor pela infração do período de 7,16% (INPC),  retroativamente a maio de 2.013, na pior das hipóteses, não ultrapassará o valor de 72.000.000,00, representando 4,45% superior ao do ano anterior, que foi de 68.933.209,00.

Memória de cálculo: Média mensal do 1º quadrimestre + 150.000,00 de acréscimo mês= 5.311.000 x 107,16 = 5.691.000 x 9 (8 meses + 13º salário) = 51.219.000 + 20.644.699 = 71.863.699 =  Valor arredondado para 72.000.000,00

 

c) PERCENTUAL PREVISTO DE GASTO COM PESSOAL EM 2.013

Previsão da Receita Corrente líquida                      142.000.000,00

Gasto previsto com pessoal em 2.013                       72.000.000,00   50,53%

Limite prudencial                                                      73.102,500,00   51,3%

 

 

REAJUSTE ZERO

A  tese do reajuste zero, tecnicamente é  indefensável. Em 2.013, mesmo trabalhando com o cenário absurdo, improvável e irreal da receita corrente líquida permanecer inalterada em relação ao ano anterior, em apenas 137.000.000,00 , o gasto com pessoal ficará em 52,55%, em um cenário que poderá chegar em até  54%.  Administração e Servidor travam uma batalha inútil, com prejuízo para todos, inclusive, para a sociedade. Ou os nossos técnicos foram reprovados em cálculos, ou está faltando sensibilidade política para a solução  deste  impasse, ou ainda as duas premissas são verdadeiras. Reajuste zero é uma prova cabal de atestado de  “burrice” e de “miopia” política. Com a palavra senhor Prefeito!

 

O GIGANTE ENFURECIDO

O sonho acabou... O eco vindo das ruas assusta, tira o sono e deixa os políticos profissionais acuados. Para eles, tudo indica que está chegando ao fim àquela providencial “zona de conforto”. O gigante enfurecido quer mudanças já! E este novo país, saído dos clamores das ruas, jamais será o mesmo do mesmo. Esperança que ainda tardia!

          

CUSTO DA MÁQUINA ADMINISTRATIVA

Este é o momento ideal para reivindicar a redução drástica do tamanho e do peso da maquina nas administrações públicas, cortar os seus excessos, de cargos políticos, secretarias e ministérios. Que este movimento de cidadania não deixe passar este momento impar de nossa história para as necessárias  mudanças,  em que a classe política encontra-se acuada.

 

AGENDA MINIMA

Excluindo-se os excessos dos “infiltradores” este movimento de cidadania é salutar e merecedor do aplauso da maioria esmagadora dos brasileiros que luta por uma sociedade mais justa e repudia todo tipo de desvio de conduta de nossos homens públicos. Porém, este movimento precisa ser oxigenado com uma agenda mínima e consistente de temas para serem debatidos e cobrados dos nossos políticos de plantão.

 

                                            AGENDA MÍNIMA NACIONAL

A corrupção é um tema central de qualquer agenda mínima, uma vez que ela campeia em todas as esferas da administração. Dentre outros, merecem destaques: a corrupção como crime ediondo, a mobilidade urbana, serviços públicos de qualidade, saúde, educação e segurança para todos, a reprovação da PEC 37, a extinção da figura do voto secreto, a reforma política, a reforma da máquina do estado com a redução drástica dos ministérios, o fim da aparelhamento partidária na administração pública,etc.

 

AGENDA MÍNIMA MUNICIPAL

Aqui é que se encontra o cerne da questão e a ausência de uma agenda mínima local, pela minha visão, embora míope, poderá redundar no fracasso do movimento. Existem temas outros mais importantes e acalorados para serem debatidos na agenda local do que a PEC 37 e a duplicação da BR 381, esta que já foi, pelo menos, licitada. Por que não discutirmos a Monlevade que queremos para nós e nossos filhos ? – Uma máquina administrativa mais enxuta, uma ampla reforma administrativa, com redução drástica das nomeações políticas para apenas nove secretárias e 50 cargos comissionados, além da elaboração de um novo e moderno plano de cargos e salários.

A qualidade de nossos serviços públicos, o nosso caótico trânsito, a limpeza publica e porque não a injustiça do reajuste zero para o nosso servidor público.

Como os políticos são incapazes de produzirem um feito que vão ao desencontro de seus interesses, o anteprojeto da reforma administrativa poderá ser o primeiro  de iniciativa popular de nossa história.

 São as idéias que movem o mundo. Todos estão convidados para o debate,  “a sorte está lançada”.

 

Delci Couto: Contador, Perito, Auditor e Consultor Empresarial.

Delcicouto2010.blogspot.com

     

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


A FULMINANTE “TERCEIRA BOMBA”

HERANÇA MALDITA  PRANDINISTA NÃO CHEGA A CINCO MILHÕES.

“O DIABO NÃO É TÃO FEIO COMO SE PINTA”

 

SONHO... PESADELO OU REALIDADE!

Corria o ano de 2010... Alardeava-se na Câmara Municipal que a dívida deste município era superior a cinco milhões de reais. O então prefeito, em cadeia radiofônica, afirma que a dívida era simplesmente de três milhões e quinhentos mil reais. Este “escrevinhador” conhecido pela sua arte de fazer “pirotecnia” com  números, entra neste “perigoso” circuito, desvenda as vaidades pessoais e deixa o então rei nu, com a revelação de uma dívida astronômica  de oito milhões de reais. O então rei ficou nu. As suas genitálias ficaram  visíveis aos olhos de todos. Constrangimento total na corte! A boiada estourou. A gritaria foi geral... e a farra dos bois foi completa!

Dezembro de 2012. Surge mais uma, talvez, a última previsão deste expert em shows pirotécnicos com números econômicos e financeiros do reinado local. Estimativa da dívida líquida de restos a pagar, herança maldita da gestão Prandinista, era de seis milhões de reais. Valor elevado aos padrões da receita deste reinado. 

Janeiro de 2.013. Posse do novo rei, esperança renovada e expectativa com  o anúncio de uma “nova era” para João Monlevade.

 Meados de Janeiro de 2013. O reinado se assanha... Quer mostrar serviço. Especula-se a realização de auditoria  nas contas do ex-rei. O monarca rejeita a auditoria. A corte precisa mostrar serviço. A primeira bomba é detonada: “Apuração parcial da equipe econômica do rei afirma que a  dívida Prandinista era de onze milhões de reais”. Escrevinhador perplexo. Estarrecido. “Detalhe” importante da manchete: apuração apenas “parcial”. O montante da dívida poderá ser ainda maior!

Escrevinhador calado, confuso, sorumbático, boquiaberto. De tanto fazer “pirotecnia” com os números, acabou sendo enganado por eles. Ninguém, nunca antes o havia desmentido. Triste sina para quem faz pirotecnia com números! Um dia, o da caça e, o outro dia, o do caçador... Pelos prognósticos da equipe econômica do novo reino, acabou sendo caçado...

Onde foi que ele errou? – Sua projeção inicial da herança maldita era de uma dívida líquida de restos a pagar estimada entre três a cinco milhões de reais. Posteriormente, novo levantamento, a projeção subiu para seis milhões de reais. Agora, em apuração “parcial”, onze milhões de reais. Onde foi que ele errou???

Enquanto matutava... a segunda bomba é detonada, com maior poder de destruição. Tal qual a bomba de hiroshima. Nocaute total. Sem querer, Beijou o solo imundo de suas fraquezas temporais. Desmaiou... Manchete nos jornais do reino: “Vinte e dois milhões de reais é o valor da dívida ”.

Retornaram os sentidos por um instante. Perda do emprego como pirotécnico dos números... Credibilidade no chão  e nova queda!

O coração palpitante. O retorno do estado de consciência. O escrevinhador começa a reagir. Parte para o ataque! Com o relatório de gestão fiscal na mão, entra novamente no circuito, como na era Prandinista. Com a reconhecida técnica profissional, apura o valor da herança maldita. A terceira bomba é detonada: a herança maldita, transferida para o novo rei, não chega a cinco milhões de reais. São exatos 4.568.183,44. O efeito desta terceira bomba é anda mais devastador. Estilhaços voam para todos os lados. O suntuoso palácio do novo rei é atingido. Vidraças são estraçalhadas e atiradas pelos ares... A rainha, que toma conta do cofre do rei é atingida. A confusão é geral. No reino, o cenário é desolador... Reunião de emergência é convocada.  O palácio está em alvoroço.

Triste filme em represe da era Prandinista. Com o enredo parecido e atores diferentes. Novo arranjo. Novo remarque. Será que vale a pena ver de novo ? ? ?

O ex-rei usava o sistema radiofônico para anunciar aos seus súditos, com o aplauso da corte, uma divida quantitativamente menor. O novo monarca comunica com a imprensa escrita, através de reelises, para anunciar uma divida infinitamente maior. Ambos estão caindo na mesma tentação, no mesmo erro: o da perda da credibilidade das informações oficiais. Com esta arma  o governo Prandini iniciou a sua queda e caiu na desgraça de seus súditos. Vale a pena reprisar este filme ? ? ?

Lamentáveis coincidências! Triste episódio de um governo que mal inicia. Que as coincidências parem por aí, e que João Monlevade nunca venha sentir saudade da triste “era Prandinista”.

 

COMPROMISSOS DO NOVO REI E DO ESCREVINHADOR

Certa vez, declarou o novo rei: “não tenho compromissos com partidos políticos”. É um fato que o escrevinhador respeita  e não o discute.

O compromisso deste escrevinhador é estritamente com  realidade dos fatos, com a VERDADE, doa a quem doer! Como “livre pensador”, combater o erro, a injustiça, é uma de suas sinas. Nada o assusta. Já foi crucificado em praça pública. Não tem medo de nada... De “cara feia”, do  estouro da boiada, da gritaria e nem  da farra dos bois!

E o show continua... Até que  ele pensou em aposentar como “pirotécnico” de números...  No entanto, tudo indica que  o novo rei e a sua corte não o deixarão aposentar...  tão cedo!

“SAIA JUSTA”

 A sabedoria popular nos ensina : não se deve brincar com números. Diferente dos humanos, eles são frios e não metem, jamais! A pressa é inimiga da perfeição. Não se deve bater em cachorro morto. Não se deve falar mal de “moribundo”, muito menos de “cadáver”. Dá mau agouro. Mesmo que, em vida, como dizia o saudoso “Tim Mirim” ele tivesse sido um “safado” um “sem vergonhim”, na morte, ele torna um santo, “que Deus o tenha”.

Uma enquête sobre a herança maldita: qual a dívida da gestão Prandini ? – Maioria esmagadora, dentre ela uma empregada do lar, respondeu vinte e dois milhões de reais. Tinha visto a manchete no jornal do reino. Foi a imagem que ficou da divulgação oficial.

Informar pela metade, não é informar. É confundir. É desinformar. O que está por traz desta (des) informação do reino? Por que não informar que empenho não processado não é divida iminente ? Por que não individualizar as dívidas em conveniadas e não conveniadas ? Por que não informar que a divida de convenio   não chega a três milhões de reais, no entanto, o reino possui mais de seis milhões em caixa para quitá-la ? Por que não informar que mais de oitenta por cento dos empenhos não processados, embora ainda não geraram dívidas a pagar, referem-se a convênios e o reino já possui saldo em caixa o suficiente para quitá-los ? Por que não informar que  a divida consolidada ( de longo prazo) permaneceu praticamente estável, crescendo apenas 3,55% na gestão prandini em relação à gestão Moreira ? Qual a intenção, ou a tentativa, de jogar ainda mais farofa ou uma pá de cal no ex-rei?  – Simplesmente, subestimaram a nossa inteligência. A equipe econômica do novo rei está em apuros. Numa verdadeira “saia justa”.

DIVIDA LÍQUIDA DE RESTOS A PAGAR

De fato, o “diabo não é tão feio como se pinta”. Não é de bom alvitre, como fez a equipe econômica do novo reino, divulgar o montante da dívida bruta ao invés da dívida real líquida. Há de se considerar, na informação, o saldo financeiro existente naquela data. Neste diapasão, a dívida líquida de restos a pagar transferida para o novo rei, é de exatos 4.176.351,28.  

ELEVAÇÃO DA DÍVIDA CONSOLIDADA EM APENAS 3,55%

Embora a gestão Prandini tenha tomado empréstimo BDMG, em torno de cinco milhos de reais, para asfalto, por outro lado, na sua gestão, grande parte da dívida consolidada de outras gestões foi amortizada. À título de exemplo, apenas no ano de 2012, o valor amortizado desta dívida foi de 3.461.022,55. Esta dívida consolidada de

 de longo prazo-  BDMG, INSS etc-   em 31/dez/2000, herdada da era “Laercista” ela era de  10.163.057,47. Já no final da era “Moreirista”, em 31 dez/2008, era de exatos 11.039.556,42, um crescimento de 8,62% em relação ao governo anterior. Em 31/dez/2012, esta mesma dívida, transferida para a administração atual, é de 11.431.388,48, um crescimento numérico de 391.832,06, ou seja, de apenas 3,55% em relação à gestão anterior ao passo que, nos oito anos da era “Moreirista”, ela subiu 8,62%.

HERANÇA MALDITA EM NUMEROS

A dívida total da gestão Prandinista – herança maldita – de Restos a pagar e Consolidada,  transferida para a gestão Teófilo Torres, é de exatos 4.568.183,34 ou, sendo mais específico, 4.176.351,38 de Restos a Pagar e 391.832,06 de Dívida Consolidada.

HERANÇA PRANDINISTA DE RESTOS A PAGAR

a) Vinculados (convênios)                          Não Vinculados              T O T A L

              2.923.159,19                                     4.838.886,25             7.762.045,44

      (-)    6.001.999,70  Saldo financeiro            662.534,87             6.664.534,57

Total     3.078.840,51  Sobras financeiras       4.176.351,38 Divida liquida

 

P.S. Empenho não processado ainda não é dívida, apenas o liquidado. Registra apenas o compromisso de realização. Podendo, inclusive, na maioria das vezes, ser cancelado.

 

b) HERANÇA MALDITA DE DÍVIDA CONSOLIDADA (LONGO PRAZO)

  31/DEZ/00         31/DEZ/04         31/DEZ/08           31/DEZ/12      DIF 2012/2008

10.163.057,44    14.244.345,64     11.039.556,42     11.431.388,48        391.832,06

     Laércio               Moreira                Moreira               Prandini

c) DÍVIDA TOTAL DA HERANÇA MALDITA – GUSTAVO PRANDINI

      Restos a Pagar              Aumento da Consolidada               T  O  T  A  L

       4.176.351,38                           391.832,06                           4.568.183,44

Fonte: Relatório de Gestão fiscal Quadrimestral de 31 de dezembro de 2.012

 

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Em 2.012, a gestão Prandinista  na expectativa de reverter, sem sucesso, a situação financeira e econômica do reino, promoveu um verdadeiro “pau” na máquina, reduziu drasticamente o seu custo, com conseqüências sociais e políticas, e ainda encerrou a sua gestão com dívidas de restos a pagar superior a quatro milhões de reais sem a consequentemente disponibilidade financeira em caixa. Deixou de cumprir a Lei Complementar 101/00 e deverá responder processo por improbidade administrativa.

 

ORÇAMENTO REALISTA

Instrumento vital no controle das finanças públicas,  quantitativamente, ele  deixou de ser superestimado. A receita passou a ser definida dentro de uma realidade fatídica.   O orçamento conservador tem o poder vital de aniquilar o viés gastador de nossos gestores públicos.

Dados estatísticos comprovam que os prefeitos em geral têm uma ânsia desenfreada para o  gasto, sem reservas, do dinheiro público. Só existe um meio específico de conter esta ânsia: o orçamento anual, tecnicamente bem elaborado, com a previsão realista e “conservadora” das receitas públicas. Orçamento superestimado é sinônimo de déficit público, que é também sinônimo de endividamento do município, uma vez que o gestor público está autorizado pelo legislativo a gastar além do valor arrecadado.

 

CO- RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO “CÂMARA MUNICIPAL”

A instituição Câmara Municipal, gestão 2009/2012, é co- responsável pelo montante da divida gerada na desastrosa gestão Prandinista. Ficando em apenas um exemplo:  em 2010, foi enviado para a Câmara Municipal a proposta  orçamentária de 2011, com a receita  superestimada em cento e cinqüenta e dois milhos de reais. Nem a famosa “velhinha de Taubaté” acreditava que em 2011, a receita municipal chegaria a cento e cinqüenta e dois milhões de reais. Este escrevinhador teceu crítica na imprensa ao valor astronômico e irreal da receita prevista. Com a critica, o Legislativo  ouviu, em audiência, os argumentos da equipe econômica do governo. A Câmara não dispõe de assessoria técnica financeira.  Os Edis  foram engabelados pelos frágeis argumentos da equipe econômica de plantão. O então Presidente da Casa manifestou se satisfeito com as explicações recebidas. O Orçamento é aprovado. A Casa Legislativa assina o cheque administrativo. O executivo está legalmente autorizado a gastar cento e cinqüenta e dois milhões de reais em  2011. O executivo foi consciente, até “bonzinho” gastou apenas cento e quarenta e nove milhões de reais. O reino, naquele ano, arrecadou somente cento e trinta e oito milhões de reais. E a dívida gerada  foi de onze milhões de reais. As duas personagens, executivo e legislativo, quem gastou e quem autorizou a gastar, são solidários na responsabilidade pela constituição desta dívida. Cada um tire as suas conclusões: A Câmara Municipal é ou não é co-responsável pela dívida gerada na Gestão de Gustavo Prandini ? – Com a palavra o cidadão monlevadense!

 

PREVISÃO DE RECEITAS APROVADA PELA CÂMARA 2009/2012:

ANO        REC PREVISTA     REALIZADA      PERCT.          GASTOS TOTAIS  

2010         120.017.100,00        125.482.708,00  (+)  4,55%          125.055.745,00

2011         152.169.840,00        138.409.141,40   (-)  9,94%           149.392.195,10

2012         154.030.140,00        141.492.767,55   (-)  8,86%           135.821.197,14

 

AUDITORIAS NAS CONTAS PÚBLICAS

Posicionamentos vários surgiram na imprensa local. Fazer ou não fazer auditoria nas contas do ex-rei. O sucesso de uma auditoria dependerá do foco. Se não for bem focada, o perigo é  iminente. Foco estritamente em documentos fiscais e contábeis, o  resultado poderá ser um desastre. O seu custo é elevado. Poderá servir para validar os números da gestão do ex-rei. Este trabalho já é feito pelo Tribunal de Contas Estadual e pelo Tribunal de Contas da União. O rei é “tentado” a cometer “falcatruas”. Está cercado de “espertos” assessores, muitas das vezes, parceiros. As possíveis “mazelas” cometidas são legalmente documentadas. A documentação passa  pela forte vigilância e crivo da contabilidade. O novo rei rejeitou a auditoria nas contas do ex-rei.

O foco da auditora deverá ser misto: documentação confrontada com  fiscalização local (in loco). Sinônimo de sucesso garantido.

Contratos superfaturados. Confrontação de  preço de mercado com o dos serviços contratados. Espessura da camada asfáltica colocada nas ruas e avenidas. Aditamentos  de contratos. Obras em geral pagas e serviços não realizados, serão pontos relevantes a serem levantados pela auditoria.

Ficando apenas num exemplo concreto: a Rua Pedro Bicalho recebeu uma camada de asfalto tão fina que era possível ver os seus antigos paralelepípedos. Este escrevinhador denunciou o fato na imprensa local. Uma nova camada de asfalto foi colocada posteriormente. Os vereadores da época permaneceram em um providencial silêncio constrangedor.

 As obras de asfalto realizadas pelo ex-rei necessitam ser auditadas. Como fiscais do executivo, é um serviço que deve ser feito pelo legislativo. O cidadão ficaria eternamente agradecido. A espessura  da camada asfáltica contida nos contratos será analisada pelos Edis. A direção da casa legislativa disponibilizará o corpo técnico para medir a espessura da camada asfáltica colocada nas ruas e avenidas do reino. Os dados apurados serão confrontados. O resultado  poderá ser surpreendente.  A quarta bomba, com efeito devastador ainda maior, será detonada. Com a palavra senhores vereadores!  

 

Delci Couto- Contador, Perito, Auditor e Consultor Empresarial.

 

 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


F R A G M E N T O S
E C O N O M I A    E   P O L Í T I C A

DÉFICIT DA ERA PRANDINI
A gestão Prandinista está chegando ao fim e deixa  um triste legado e um aprendizado  para que o caminho trilhado não seja percorrido pelos futuros gestores deste município: fechamento de sua gestão com um monstruoso déficit, gasto maior do que a receita que,  em 31 de outubro de 2012, já contabilizava a monstruosa cifra superior a dez milhões de reais, conforme Relatório de Gestão Fiscal remetido ao TCE:
Especificação     2009           2010                2011           jan/out/2012     Acumulado
Receita total  109.488.286  125.482.708   138.409.141   117.064.138    490.444.273
Gasto total     115.738.650  125.055.745   149.392.195   110.930.050   501.116.640
Resultado       (6.250.364)         426.963    (10.983.054)      6.134.088    (10.672.367)

DÉFICIT EM 31 DE DEZEMBRO DE  2012
Numa avaliação otimista e conservadora, considerando que neste ano a gestão Prandinista está produzindo um superávit artificial em torno de 500.000,00 por mês, conseqüência da “máquina parada”, mesmo assim, este governo encerrará a sua gestão com um déficit mínimo de nove milhões de reais.

DÍVIDA DA ERA PRANDINISTA- HERANÇA MALDITA -
Como profissional da área, não ficaria bem colocar no mesmo saco, como acontece com a maioria dos jornalistas de plantão, os termos “déficit e dívida” como termos únicos e sinônimos. O círculo da gestão Prandinista será carimbado com a marca do déficit em torno de nove milhões de reais e de uma dívida líquida somente  de restos a pagar (dívida menos dinheiro em caixa) que ficará em torno de seis milhões de reais.
 Como herança maldita, além da dívida monstruosa de restos a pagar,  repassará ao seu sucessor o triste retrato falado de uma cidade em caos total, sinais de trânsitos sem manutenção, vias públicas esburacadas, deficiência na limpeza pública, falta de pagamento de convênios, dentre outras pendências.

SALDO DA DÍVIDA INFERIOR AO DÉFICIT
Embora o déficit seja gerador da dívida, nem sempre, os dados contabilizados terão o mesmo valor. Neste caso específico,  o governo anterior deixou um caixa líquido em torno de três milhões de reais, cujo valor foi utilizado  pela gestão atual para liquidar parte da dívida criada por este déficit. Consequentemente, os valores da marca Prandinista de déficit e dívida não são coincidentes.

MAQUINA PARADA
Neste ano de 2012, na expectativa de reverter, sem sucesso, a situação financeira e econômica de seu governo, a gestão Prandista promoveu um “cavalo de pau” na máquina administrativa, com conseqüências sociais para a população e política para o seu governo. A máquina reduziu drasticamente o seu ritmo, quase parada e, consequentemente, conseguiu produzir um superávit forçado em suas contas, no período de janeiro a outubro de 2012, de valor superior a seis milhões de reais. Caso não promovesse este “pau” na máquina, o resultado de sua gestão, em termos financeiro e econômico, seria ainda mais desastroso.

CONSULTORIA
Em 2010, pela análise da gestão do município, o  diagnóstico já apontava para um final catastrófico e ele, o prefeito, necessitava cortar na própria carne para encerrar a sua gestão com um final feliz. Consultor não muda gestão alguma, apenas pontua, dá o norte e orienta o caminho a seguir, cabendo a ele, prefeito,  seguir ou não a orientação formulada. Porém, orientação não acatada constitui para o consultor  um elevado risco de credibilidade, de desgaste e de “queima” da  sua própria imagem. Consultoria de Ipatinga foi contratada e nada mudou.   Prognosticando de que “mudanças” não seriam implementadas, como consultor, preferi buscar guarida, distanciando-me quilometricamente da contaminação deste barco que, naquela época, já estava à deriva.

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Princípio elementar visando o sucesso de qualquer administração: equilíbrio entre receitas e despesas. Está pegando muito mal para o Advogado Gustavo Prandini o não cumprimento desta diretriz da Lei Complementar 101/00 e, como conseqüência, deverá responder processo por improbidade administrativa prevista nesta LC.

DA “ERA” PRANDINISTA PARA UMA “NOVA ERA”
A triste era Prandinista está chegando ao fim, deixando como aprendizado um sinal de alerta ao futuro e aos futuros gestores municipais: que seja implementada a eficiência na gestão para que a esperança de um futuro promissor volte a reinar nos corações e mentes dos cidadãos. Um novo governo está preste para nascer, é um fato, porém, o que a maioria esmagadora da população espera deste novo governo é que ela nunca venha  sentir saudade da “era” Prandinista.

ERRO DE AVALIAÇÃO
Noticiado pela imprensa, tomei conhecimento da tranqüilidade do prefeito eleito e de seu decantado otimismo em viabilizar recursos estaduais para a nossa Monlevade, o que não deixa de ser uma “razoável” notícia, além deste jargão de “buscar verbas” ter contribuído eficazmente para a sua avassaladora vitória eleitoral. No entanto, deixaram de avisar ao prefeito eleito, e esta seria uma das funções de sua “comissão de transição”, que o problema de João Monlevade não tem origem na falta de captação de recursos, isto  Prandini o fez e muito bem na esfera federal. O problema de Monlevade é de gestão e está localizado na estrutura, no peso de sua máquina administrativa, no seu custeio, basta observar os números: 1) O investimento em obras da gestão Prandinista é pequeno em relação às administrações anteriores; 2) Embora tenha investido pouco em obras, algo em torno de mais de oitenta por cento deste investimento estão representados pela utilização de recursos de empréstimo via BDMG e de verbas federais de convênios; 3) Mesmo investindo pouco em obras e utilizado praticamente somente recursos de empréstimos e de convênios, a gestão Prandinista ainda conseguiu produzir um “rombo”, déficit superior a nove milhões de reais.4) Este déficit produzido de nove milhões de reais é superior ao valor investido em obras com receitas próprias.

REALIDADE TRÁGICA E PRINCIPAL GARGALO
A intenção é apenas de informar, que já deveria ter sido feito pela sua “comissão de transição”, e não o de jogar uma “ducha” de água fria na tranqüilidade e otimismo do prefeito eleito, mas apenas ser coerente com a realidade fatídica: a receita corrente do município não está sendo suficiente para custear a sua máquina, ou seja, o peso, o tamanho da máquina é superior à receita corrente do município e nada adianta buscar recursos externos sem o combate eficaz desta triste realidade. Como ? – Reduzindo o  tamanho da máquina, promovendo ações como, trabalhar o VAF, para o aumento de nossa receita de ICMS, ou melhor, fazendo as duas coisas ao mesmo tempo. O que o monlevadense espera do novo prefeito é a prática de uma gestão eficiente e o seu resultado aplicado na evolução da cidadania para todos.

CONVOCAÇÃO
Ninguém administra sozinho, o mérito é de todos, é da equipe,  e o gestor é avaliado pela qualidade de sua assessoria. O técnico “Felipão” já foi escolhido e os craques do primeiro time  já foram convocados.  Os jogadores do segundo time, embora já estejam na cabeça do “Felipão”, os seus nomes ainda não foram divulgados. Primeira qualidade do técnico: saber escolher os integrantes de sua equipe. Primeira avaliação do técnico: Considerando-se  que alguns jogadores declinaram-se dos convites, os “craques” convocados representam o que há de melhor no mercado ? Ficou algum “Romário” de fora, sem ser convocado pelo técnico ?

ESCALAÇÃO
Pelo nosso modesto conhecimento e vivência na área pública, o sucesso de uma gestão requer do técnico, prefeito, uma visão holística do “todo”, nem que seja de cunho superficial e, de seus assessores, os jogadores, um conhecimento aprofundado e específico da “parte”, de sua área de atuação. Segunda qualidade do técnico: colocar a pessoa certa em cada área, de acordo com a aptidão de cada jogador. É sabido por todos que o Neymar é um craque em sua posição. Hipoteticamente, o Muricy resolve escalá-lo para atuar no gol. Resultado previsto: um fracasso para o  Santos e um “arraso” para sua reputação profissional e de imagem pessoal. Segunda avaliação do técnico: a escalação feita pelo técnico “Felipão” está correta e de acordo com aptidão de cada jogador ? O perfil de cada jogador está adequado à função que irá desempenhar ? Cada jogador escalado tem conhecimento aprofundado em sua respectiva área que irá atuar ?

VIÉS TÉCNICO E VIÉS POLÍTICO
Outro fator importante e determinante para o sucesso de sua administração é a observação  pelo técnico “Felipão” do viés técnico e político de cada jogador. Somente à titulo de exemplo, o ocupante dos cargos de Assessor de Comunicação e de Assessoria de Governo, necessita ser portador de um viés muito mais político do que técnico. Ao passo que o ocupante dos cargos de Secretaria de Fazenda, de Planejamento e de Administração, necessita ser portador do viés essencialmente técnico, porém, com visão e sensibilidade política. Este perfil foi seguido pelo técnico “Felipão” na escalação destes jogadores para estes cargos ?

SECRETARIA FAZENDA
O Prefeito precisa aprender a ouvir o seu Secretário de Fazenda quando este conhece bem o “chão” de sua secretaria. Já tive a oportunidade de dizer para o nosso técnico “Felipão” que o coração e pulmão da administração pública estão localizados na Secretaria de Fazenda. O sucesso de uma administração, além dos fatores aqui já citados, uma parte dependerá dos atos de seu Secretário de Fazenda e a outra grande parte dependerá do espírito de grupo, do trabalho motivado e em equipe, de todos os jogadores, sem estrelismos, que contribuirá para a formação de um ambiente de respeito e marcado por uma vibrante sintonia reinante entre os jogadores e o seu técnico e, como feliz resultado, a vibração e o entusiasmo dos torcedores satisfeitos com as constantes vitórias de seu time.
Embora “míope” e sem querer ser dono da verdade, esta é a minha modesta visão de como deve ser e pautar uma administração pública, além da transparência, ética e correção de todos os atos praticados e visando sempre o interesse essencialmente público.
PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
As críticas, embora já existentes, são naturais e próprias do jogo político. Amparado pelo princípio da prudência, jamais me arriscaria a tecer qualquer tipo de crítica ao técnico “Felipão” e aos seus “craques” neste momento em que o time ainda nem tenha entrado em campo. Aprendi com os meus cabelos esbranquiçados, ou com a falta deles, a analisar as jogadas somente após um período de vinte a trinta minutos do jogo iniciado. Ainda é cedo e arriscado para críticas.

DELCI COUTO – Contador, Perito, Auditor e Consultor Empresarial
Secretário Municipal de Fazenda no período de 01/01/2001 a 31/03/2007.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ENTREVISTA AO JORNAL BOM DIA

1)     Porque colocou seu nome à pré-candidato a prefeito de JM?
Cheguei em Monlevade no dia quatro de janeiro de 1.972, com uma pequena mala de roupas, um diploma do curso técnico em Contabilidade, com muita vontade de  trabalhar e com a disposição desenfreada de buscar conhecimentos novos.  
Nestes quarenta anos de vida em João Monlevade, escrevi uma história de sucesso, pautada em princípios e valores éticos, com relevantes serviços prestados à comunidade, como profissional e voluntariamente. Atuei também na vida pública, como Secretário Municipal de Fazenda por um período de seis anos e tive a oportunidade de aplicar, com a reconhecida eficiência, a teoria do déficit público zero. Ainda, no período de 1993 a 1996, prestei serviços como voluntariado, representado toda a comunidade monlevadense na Comissão Permanente de Licitação, conforme Portaria de nomeação do então Prefeito Germin Loureiro,  dando transparência no processo licitatório durante o seu governo.
Analisando a retrospectiva da história de João Monlevade, várias estirpes a governaram nestes seus 48 anos de emancipação político-administrativa:  comerciante, professor, médico, radialista e advogado.
A derrocada da atual infeliz gestão está contribuindo para fazer nascer e florir nos corações e mentes dos cidadãos o nobre sentimento idealizado na   eficiência administrativa. Este é o esperado momento  para que a sua história passe a ser  escrita de forma diferenciada e com alicerce na trilogia: planejamento eficaz, monitoramento das metas e eficiência nos resultados em benefício da coletividade. Sinto que  este é o momento certo, é a vez de um gestor empreendedor.
Pelo que aqui conquistei, ainda tenho uma dívida enorme com João Monlevade. Na expectativa de  encontrar o ponto de equilíbrio entre o dar e o receber e amando  novos desafios, estou disposto a doar um pouco mais do meu precioso tempo para esta cidade e, neste diapasão,  coloco a minha história de vida a serviço de João Monlevade, que tão bem me acolheu e ainda concedeu-me o honroso  título de seu cidadão honorário.
1 a) Qual seu partido?
Desde o ano de 2.007, sou filiado ao Partido Social Brasileiro, o PSB de João Monlevade, estou como seu  atual presidente, que tem na presidência Estadual o Dr. Walfrido Mares Guias.
1 b) Tem outros partidos em seu grupo político? Quais?
Oficialmente, ainda não, mas, no entanto, contatos estão sendo mantidos com outras agremiações políticas no sentido de se formar uma parceria, visando a elaboração de um  projeto social desenvolvimentista em prol da comunidade monlevadense. A união deve ser concretizada, não meramente por “grupo político”, mas por idéias e ideais nobres que venham transformar a vida dos cidadãos. É salutar que Monlevade se una por um novo ideal de um inovador “projeto administrativo”.
1 c) Tem conversado com outros partidos? Quais?
Política é diálogo constante, é comunicação. Este canal de comunicação sempre esteve e estará aberto para os partidos políticos, bem como para os segmentos da nossa sociedade civil organizada no sentido de se discutir um novo projeto social desenvolvimentista para João Monlevade.
2)     O que falta em Monlevade?
Sucintamente, buscando guarida na causa e não no seu efeito, o grande problema de João Monlevade é o comprovada carência de  seriedade de alguns gestores,  sobretudo, o atual,  no trato com os recursos públicos. O desperdício do dinheiro público é gritante! Os recursos devem ser aplicados em projetos técnicos, economicamente viáveis, dentro do princípio da racionalidade e da visão de futurologia. É angustiante ver o desperdício de dinheiro público aplicado em projetos de péssima qualidade, cujo gestor deveria, num exercício de cidadania, questioná-lo se  teria a coragem de aplica-lo em tais projetos  caso o dinheiro fosse seu. Certamente, não o aplicaria.
3)     Quais as prioridades do município hoje?
Gerenciar é estabelecer e organizar, numa escala de valores, as prioridades momentâneas, de acordo com o grau de satisfação dos anseios da coletividade. Organizar a casa, reduzir drasticamente a dívida do município, é  apenas um item de um inovador “projeto administrativo”, tendo como âncora, não a profissionalização cabal, que é um processo cultural e duradouro, mas, pelo menos, a abertura das portas para o inicio da profissionalização do serviço público, com a reconhecida valorização de nossos funcionários, dentro do principio do planejamento eficaz, monitoramento contínuo das metas e o resultado da eficiência administrativa integralmente aplicado na melhoria da qualidade de vida de toda a coletividade. Este “projeto administrativo”, um dos pilares do “projeto social desenvolvimentista” será a  espinha dorsal de nosso projeto de governo.
O atual momento de sua história política e de gestão, requer uma decisão plebiscitária: João Monlevade se una em torno de um novo “projeto administrativo” de cunho social e desenvolvimentista, ou continuará perecendo no atraso institucional, perdendo novamente o bonde da história.
A união de João Monlevade em torno deste novo “projeto administrativo”  contribuirá para o nascimento de um novo projeto político,  não amparado no sonho de união, mas, pelo menos, na redução drástica das diferenças antagônicas reinantes entre as duas correntes  políticas aqui dominantes, pavimentando o caminho para o surgimento de uma via alternativa de poder e de cidadania.
4)     Qual a sua avaliação da atual administração?
Opto por não avaliar este governo, pois, Monlevade, pela análise dos números,  já conhece a minha posição. Apenas um detalhe:  Nunca teci críticas ou comentários indesejados à pessoa do cidadão Gustavo Henrique Prandini. Sempre o respeitei, não tenho diferenças pessoais com ele e mantenho relações cordiais e respeitosas com a sua família. Minhas análises e críticas são apenas de cunho de gestão das finanças públicas.

            Delci Couto- Pré-candidato a Prefeito pelo PSB de João Monlevade